O dia de ontem foi sublime, só cortado porque a minha prima mais nova (25 anos) foi internada no hospital de Almada por se ter atirado do 1º andar da casa dela.
A Mariana acabou há uns meses o namoro com o Bruno, que no entanto, nunca aceitou. Ele tentou entrar na casa dela pelo telhado, como não conseguiu, arranjou um ferro e conseguiu rebentar com a grade que "protegia" a porta das traseiras da casa. E a perseguição começou. Todos as noites lhe entrava em casa e ela com medo do que ele lhe podia fazer, ia deixando. Por 2 vezes chamou a policia mas como ninguém comseguiu provar que ele não vivia lá em casa e nenhum dos vizinhos quis testemunhar que ouvia gritos de socorro, as coisas foram-se arrastando. Ontem à tarde o rapazinho voltou a procurá-la e ela a deixá-lo entrar para que ele podesse mandar uma sms do telefone dela. Burra!!!!!!!!Assim que apanhou o telemovel dela ele foi vasculhar as mensagens dela e como viu uma sms de uma amigo, resolveu saltar para cima dela. Ele tem 1,90 e ela menos de 1,60. Ele sentou-se em cima do peito dela re bateu-lhe com o telefone na cara. A Mariana tem um cão que ainda se atirou a ele, mas ele conseguiu fechar o cão num dos quartos (o outro quarto já não fechava a porta porque ele já a tinha rebentado com um pontapé) e atirou-se a ela outra vez. Ela apavorada, saltou da janela do 1º andar. Partiu as tibias das 2 pernas, na zona onde junta com a articulação do tornozelo. Foi ele que a levou ao hospital e quem avisou a mãe dela. Hoje de manhã, quando ele abriu os olhos, estava o tipo mesmo à cabeceira dela, em pleno hospital. A minha tia reclamou com as enfermeiras e realmente hoje quando a fomos visitar ninguém nos perguntou quem eramos e entrámos por ali dentro à nossa vontade. Quando já nos estávamos a vir embora, não que ele apareceu de novo para a visitar acompanhado de uma irmã e da sobrinha de uns 8 anos. A minha tia, a minha mãe e a minha prima (irmã da Mariana)começaram aos gritos com eles e esles lá se foram embora.
Depois de termos vistos na TV que esta semana já foram 4 os rapazes que mataram as namoradas por não aceitarem os fins das respectivas relações, agora bateu-me à porta. E o grande problema é que elas a maior parte das vezes são "cumplices" da violência que são sujeitas, porque nunca contam nada a ninguém. A Mariana nunca contou nada a ninguém excepto a uma amiga que lhe disse para ela abandonar aquela casa e voltar para a casa da mãe. Mas tal como a Mariana hoje me disse, teve vergonha e nunca quis decepcionar a mãe!!!
2 comentários:
Eu vi a reportagem na tv. E confesso que parecem-me sempre casos muito distantes. Daqueles que acontecem aos outros. Entendes? Mas ao ler isto, e por qualquer razão que desconheço, fiquei perplexa. Tocou-me.Que tudo fique bem com a tua prima.
Esta história deixou-me triste.E não sei que mais dizer. Vergonha e medo são as duas palavras que se repetem e que são comuns a todas essas histórias. Mas essas são as histórias que não se contam ao princípio.
Depois há aquelas que têm coragem e que estupidamente não são socorridas.
Uma rápida recuperação para ela.
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